quarta-feira, 1 de abril de 2009

Antropormofismo


ANTROPORMOFISMO
Antropomorfismo é a forma de pensamento que atribui características e/ou aspectos humanos a Deus, deuses, elementos da natureza e constituintes da realidade em geral. Nesse sentido, toda a mitologia grega, por exemplo, é antropomórfica.

Por outro lado, ao dar nome próprio ao elemento "inefável", após o período de Aurelius Augustus (Santo Agostinho), e sua consolidação no que fora denominado na História da Filosofia de Tomismo (o conhecimento que veio depois dos escritos de Tomás de Aquino), houve uma eternização deste antropomorfismo no hemisfério ocidental e sua doutrina mestra, o Cristianismo.

O fato de darmos nome próprio a este elemento traz à tona o surgimento de "Deus". E, com base nestas informações, poderíamos dizer que o que temos feito, também, pode ser pensado como um antropomorfismo às avessas (diferente do grego, onde os deuses adquiriam feições e sentimentos humanos).

Às avessas por que? Ora, pelo fato de humanizarmos aquilo que não nos compete. Humanizarmos na medida em que passamos a dar maior vida a este "objeto" do que propriamente à nossa vida. Não é à toa que legamos para o pós-morte uma vida que deveria ser vivida "em vida".

Este elemento traz um antromorfismo "de lado", pois, queremos compartilhar com este nome próprio uma vida que deixamos de compartilhar enquanto vivos.

Desde Anaximandro, Demócrito, Heráclito e Parmênides tem-se a busca do inefável, contudo uma busca que não impede que vivamos. A partir do momento em que institucionalizamos esta busca - e isso foi feito com a criação oficial do Cristianismo e sua doutrinação em Constantino, no século IV -, deixamos de nos pensar enquanto seres vivos e pensantes. Damos ao inefável nossa possibilidade de pensar. É como se abríssemos mão de algo tão originário quanto humano.

Infelizmente, o objetivo desta antropomorfização às avessas fora o de sempre: o do subjugo e do andar-para-trás (diria Nietzsche). O homem só poderá adquirir sua humanidade quando souber diferenciar estes "dois" antropomorfismos, sem isso, seremos sempre

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois de refletir sobre¨A verdadeira e a falsa conversão¨ me senti obrigado a repensar sobre a minha caminhada com Cristo.
O assunto é muito sério e tem muita gente que não dá a devida importancia ao assunto mais importante de toda as nossas vidas,o novo nascimento.

Muto bom, um abraço.

IVERALDO.

Pr. Aldo Gonçalves disse...

Que bom que isto te fez refletir, um abraço e que DEUS te abençoe